As pessoas costumam criar o estereótipo da pessoa perfeita, e olha que eu nem estou falando do cara que vem de cavalo branco e a gente apelida de príncipe, estou falando de pessoas reais. Sim, pessoas reais! Que quando são idealizadas são postas sem defeitos, descritas com qualidades antes inimagináveis e com um quê de impossíveis de conter agrupadas em um único ser, ou seja, uma pessoa perfeita. 

Acontece que ninguém te contou, ou contou de um jeito distorcido, que quando o amor vem, ele não quer saber das qualidades que você listou na sua simpatia de Santo Antônio, ele não quer saber se você está preparada pra segurar a barra que é gostar desse alguém. Ele não vai te perguntar! Ele simplesmente vai chegar com os dois pés no seu peito e te fazer apaixonar pela pessoa mais improvável, cheia de defeitos e manias. 

Assim como ninguém é perfeito, o amor também não é, afinal de contas ele costuma errar, apesar de não ser humano. O que nos basta é entender o papel de cada pessoa em nossas vidas, sejam elas para ficar ou para passar uma temporada. O amor nos ensina coisas que nós, muitas vezes, nem sonhamos. Aprendemos o que é gostar genuinamente, sem amarras, sem pensar muito e sem se cobrar demais. Nós nos aperfeiçoamos dia após dia, até que entendamos que para compreender de fato o amor é necessário apenas ter leveza e paz no coração. 

No fim das contas, existem milhões de coisas sobre o amor que ninguém jamais vai lhe contar, simplesmente por exigir uma experiência particular. O amor é único, e é para cada ser humano uma experiência de autoconhecimento, um processo introspectivo de compreensão de coisas jamais sentidas, um mix de emoções que jamais poderão ser descritas. Para saber e descobrir coisas sobre o amor, é necessário vive-lo.