SOBRE MEUS 18 ANOS ECOANDO NO UNIVERSO

abril 11, 2017


Por volta de um ano atrás estava completando dezoito anos de idade, idade tão idealizada por milhares de adolescentes do Brasil, a idade que abre as portas para uma vida de liberdades e novidades - ao menos é o todos pensamos. Hoje eu vou contar à vocês como foram meus dezoito anos, agora já com dezenove. 

Muitos pensam que fazer dezoito anos é o ápice da vida, é poder fazer tudo que der vontade sem precisar da opinião alheia. O que indico para essas pessoas que pensam assim? Cuidado, o tombo pode ser alto demais e consequentemente, dolorido. Acontece que nada na vida é exatamente como esperamos ou pensamos, o olhar de fora é sempre melhor e mais dócil, mais tranquilo e fácil. Junto ao turbilhão de emoções que temos que lidar quando fazemos dezoito, vem milhares de cobranças sociais. Sério. Para aqueles que são mais festeiros e extrovertidos, talvez isso não chegue a ser um problema, mas para mim, que amo a tranquilidade do lar e a certeza do que irá acontecer daqui a poucos instantes, me sentir pressionada para fazer algo que todos fazem e gostam era - e continua sendo - uma sensação horrível. 

Fazer dezoito é escutar, com mais frequência do que o necessário, a famosa pergunta de "cadê o namoradinho?". Eu ando me perguntando qual é o problema das pessoas para acharem que ninguém é feliz se não está acompanhado. É se sentir pressionado para conseguir se sustentar sozinho. É sentir medo de não ser o suficiente ou das pessoas te acharem uma farsa. É se sentir novo demais para fazer algumas coisas e velho demais pra não tentar fazê-las. 

Fazer dezoito é se sentir transbordar de emoções que talvez você não saiba lidar. É tentar fazer com que a junção das coisas que você quer fazer dê certo com as coisas que você já não tem mais escolha. É reclamar da falta de dinheiro o tempo todo. É refletir sobre algo durante horas e não chegar a uma única conclusão. É preencher o vazio existencial com mais e mais questionamentos. 

Tenho uma boa expectativa para os dezenove, visto que aprendi a lidar com uma série de coisas durante o último ano. Coisas que nem sempre foram fáceis, mas me fizeram crescer o suficiente para não deixar que nada me abale a ponto de desistir de tudo. Seguir em frente é necessário e tudo que fazemos ecoa no universo. Que venha a próxima estação. Eu já estou pronta! 

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