TEMPO

janeiro 24, 2017


Muitas meio verdades andam saindo pela minha boca ultimamente. Não me orgulho. Me esquivo, mas acabo confirmando minha falta de vontade de insistir em coisas que mesmo quando dão start, não prosseguem. Ando tendo diversas decepções, que as vezes não tem nada haver comigo e sim com problemas e coisas que terceiros não conseguem solucionar. Ando pensando demais na vida e em como eu preciso organiza-la, ou, como preciso dar um jeito na bagunça que por mais que eu arrume, persiste em voltar. As vezes acho que não tem mesmo jeito. Algumas outras, desacredito que tenho o poder de fazê-la mudar para melhor, e por vezes vejo a luz no fim do túnel. A esperança existe. 

Ando tão abarrotada de coisas pra fazer que não sei para onde correr. Quando vejo, estou mergulhada na bagunça e no mundo que eu mesma criei. Confesso que ainda consigo dedicar-me à coisas que me fazem bem, como por exemplo o gosto pela escrita, séries, faculdade e até mesmo alguns livros de romance água com açúcar, mas nada me prende por muito tempo. O mundo anda exigindo agilidade e eu só quero dormir por mais cinco minutinhos. As pessoas querem as coisas pra ontem, e eu só consigo entregar na semana que vem. Isso não quer dizer que eu não possa, ou que eu simplesmente não consiga atender as expectativas que nosso mundo tem, e sim que as coisas têm seu tempo e nem todo mundo pode entender que para se ter o que precisa, leva tempo.

Hoje eu vim escrever para ver se coloco algo que faça sentido para fora, já que minha cabeça apesar de estar a mil por hora não consegue organizar seus pensamentos de maneira lógica. Pensei. Escrevi. Desmanchei. Pensei por mais algum tempo e então resolvi seguir com as atividades que tinha para fazer. Consegui terminar aquelas que reservei um tempo maior e acabei deixando para lá aquilo que não era tão urgente assim. Fiz alguns favores por aqui, alguns outros lá e deixei uma centena de coisas que eu queria fazer pra depois. Me peguei pensando sobre mais uma coisa: Por que será que fazemos tudo que podemos por um outro alguém e deixamos tanto de nós para depois? 

Algo dentro de mim anda gritando solicitando por um pouco mais de atenção, e pode parecer para vocês que todas essas coisas que eu escrevo simplesmente não fazem sentido ou não se encaixam, então tudo o que eu tenho a fazer é um convite para que sejam bem vindos à minha vida. Vida essa, como qualquer outra. Hora vivo a felicidade. Hora sinto a tristeza e a melancolia fungarem em meu pescoço/cangote. Por horas me permito planejar coisas que talvez nunca irão acontecer. Algumas outras me pego com o pé no chão demais, e as vezes tento prever o futuro. Não vou negar que por vezes escorre uma lágrima, ou que um sorriso vem acompanhado de uma mensagem de boa noite, mas as coisas andam tão confusas que as palavras simplesmente se deixam levar pelos meus dedos que tocam o teclado com agilidade e maestria, algo que somente consegue alguém que digita até mesmo com as luzes apagadas, se deixando levar por cada sentimento que clama por sair. 

A luz já toca minha pele e por vezes fecho os olhos por ter vivido tanto tempo no escuro. Sorrio. É a primeira vez em meses que encontro a luz. Luz essa que não se encontra do lado de fora da porta da sala, muito menos fora da janela do quarto e sim, dentro de mim mesma. Um tempo para si mesma cura qualquer coisa. Como eu amo o tempo! 

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